terça-feira, 30 de dezembro de 2008

GT10 vs Ultra-G: Round 2!

Pois é, galera... nada como um dia depois do outro. Após a empolgação inicial em relação ao uso do Ultra-G no loop da GT, mudei de idéia. Consegui timbres muito semelhantes ao simulador apenas com a Gt, utilizando a simulação de caixa 4x12 e não a original.

Aliás, isto me fez lembrar que no "célebre" GT8 Brilliance (download ao lado) é defendido o uso de várias cabinets e nunca os "originais". Passei a utilizar tal lógica, substituindo os originais por configs semelhantes aos amps originais. Exemplo: Para um Rectifier, caixa 4x12 ou 8x12, para um twin ou vox, caixa 2x12...

Aqui comparações entre os timbres com o Ultra-G e, em seguida, com os cabinetes da GT:
Vox's Queen: http://www.4shared.com/file/78252333/f7939fdb/U-GVSGT10__Queen_.html
Rectifier (primeiro o som da GT, depois UG e, novamente, GT): http://www.4shared.com/file/78252149/5b83346c/U-GVSGT10__Rect_.html
(em ambos casos curti mais o som da gt sozinha)


Abraço, galera!


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domingo, 21 de dezembro de 2008

Testes GT10 e Behringer ULTRA-G

Pleno domingão... Novos testes!
Antes de comprar a GT10 eu tinha um conjunto de pedais e um direct box da Behringer (foto abaixo)

Este Direct box tem uma simulação de falante 4X12. Claro, na verdade, é um corte de frequências, semelhante estratégia que tentamos com o Eq, os cabinets e Resonators da GT10. A questão aqui era: Será que ele soaria melhor que as estratégias da GT ou não, afinal, é um equipamento analógico...

Bem, fui à luta e gravei samples com a LesPaul Gianinni e a RG Ibanez. Em todos os samples, eu inicio com a configuração da GT, comentada no post anterior e, em seguida a configuração com o Ultra-G (Apenas preamp seguido por ULTRA-G no loop e output select em stack return).
Aos meus ouvidos, o som realmente ficou mais natural, com mais presença e com um corte mais suave de frequências. Além disso, diminui as variáveis para se mexer, pois ao se utilizar a opção de saída stack return (que soou melhor para mim) os cabinets, mics, etc. ficam inabilitados.

Obs1: Preferi usar o Ultra-G no loop, após os preamps e antesdo Ns1 (único que uso), pois colocando no final da cadeia ele "entubou" o som demais.
Obs2: O direct box transforma em mono o sinal. Isso impossibilita usar dois canais de amp lado a lado. Por esta razão, o localizei na cadeia entre preamp e NS, mas antes das modulações. Assim, ainda dá pra usar chorus, phaser, delay pan, etc. em estéreo.
Obs3: Como o Gabriel comentou sobre o timbre do Steve Vai no post anterior, gravei a comparação com o Soldano e o pedal Dist (que penso soar semelhante ao DS1) só com a Gt10 e com o ultra-G, em trechos de músicas do Steve Vai.


Perdoem os erros, focalizei mais na timbragem do que na execução. Abraço a todos!



quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Nova guitarra, novas idéias... nada de fizz!

Bem, pessoal, fiquei muito contente ontem. Finalmente meu luthier terminou a restauração do que será minha "nova" guitarra. É uma Ibanez RG450 japonesa, que botamos ferragens e floyd da Gotoh e captadores Henry Ho signature (HH777). Cara, que som! Super definido! Dá pra ouvir claramente o que vc toca, seja clean ou distorção. Nada de som "embolado" da minha LesPaul com a qual foram gravados TODOS os sons postados até então(que também adoro!... rsrs..)

Bem, fato é que eu estava muito curioso para ouvir a nova guita em ação com a GT10. Gostei demais! Gravei até um pequeno sample (com acompanhamento de bateria), que você pode ouvir aqui.

No sample alternei entre as simulações do MS59, PV5150, MsHi e RECT. Nas regulagens, tudo bem simples: Eq antifizz com meus cortes de graves e agudos. Nos preamps, uma mudança. Ao invés de deixar tudo flat,
optei por botar agudo do preamp em 60 e o presence no 7. O mic foi o dyn57 e o cabinet original em todos.

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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Fizz, som abelha e soluções espertas

Bem, há gerações (GT8, 6, 3, 5...) que as pedaleiras da boss têm fama de som "abelhudo" quando ligados em linha. A seguir, te convido a pensar sobre as razões e soluções para este "problema".

Em primeiro lugar, as "pedaleiras" são multiefeitos, ou seja, têm a função de oferecer em uma unidade compacta um conjunto de efeitos (pedais). Desta forma, ainda se esperava que o proprietário os plugasse num amp. Mesmo pedaleiras mais antigas, como a Boss Me-8, zoom 505,
3030, etc. havia a opção de se habilitar uma simulação de amp para aplicações em linha. Infinitamente inferiores às simulações atuais, esses módulos basicamente cortavam frequências. Mas de quais frequências estamos falando? As mais graves (abaixo de 100hz) e mais agudas (acima de 3khz).

Quando você utiliza um amp real, seu preamp envia uma faixa "completa" de frequências, que são posteriormente "filtradas" pelos autofalantes. Veja a análise de um falante celestion (greenback):


Note os picos e cortes de frequência. O som não é regular, linear. Isto dá o som "macio" a que nossos ouvidos estão acostumados. Para exemplificar, ouça este sample comparando a X3 a GT-10, postado no fórum da line 6. Fica claro o excesso de agudos da GT, por conta das simulações de caixa da mesma que, na minha opinião, sozinhas (sem um "tapinha" de EQ), não cortam todas as frequências adequadamente.

Output select na GT-10
Há um participante do fórum do bossgtcentral que forneceu as análises
de frequências de todas as opções de output. Abaixo as "front" do JC120, small, combo e stack amp.


Agora as análises dos "retuns" do
JC120, small, combo e stack amp.


Enfim, o gráfico da saída line/phones:

Perceba que, mesmo na opção para se ligar em linha, os cortes são mais "discretos". Isso explica o som mais "ardido", "vivo" e porque não dizer, "abelhudo" da GT10.

À essa altura, você deve estar se perguntando: "Mas como a Boss, com toda a experiência que tem, ainda não viu essa 'mancada', e não mudou a características de distorções de seus preamps?". Eis a questão. Na minha opinião, pura estratégia de marketing. Se até as simulações do guitar rig, amplitube e similares são mais "convincentes" (à primeira vista), a gigante Roland tem uma estratégia nisso. Eis as evidências:
  1. A boss é famosa por seus pedais, certo? Pedais precisam de amp, certo? Por que mudaria o foco de uma hora para outra?
  2. Em todos os vídeos da GT8 e GT10 que vi, elas SEMPRE estavam plugadas em amps (Roland, é claro). Fala-se sobre gravação via Usb mas ninguém mostra exemplos.
  3. A POD, por sua vez, já "nasceu" como um equipo para gravação. Logo, ela primeiramente foi "feita para ser ligada em linha" (há reclamações de vários usuários de POD sobre seu desempenho ligado num amp), o que explicaria o esforço da Line6 em buscar "copiar" os timbres dos amps gravados.
Na minha humilde opinião, a Boss permanece com o foco de multiefeitos para serem ligados em amps, com o máximo de flexibilidade para aplicações "live" (reparou que a GT8 e 10 têm Amp control e os POD's XT, X3 não?).

Desda forma, os preamps da GT10 (que aliás diminuiram em quantidade comparados com os da GT8) seriam evoluções ULTRA avançados daqueles módulos "amps" das antigas pedaleiras supracitadas, mas ainda com o foco de serem utilizados num amp.

Bem, aí, você pensa: "E como é que eu fico nessa? Vou ter de comprar um POD e botar no effects loop da GT?". Provavelmente não (seus ouvidos serão sempre os juízes absulutos), pois mesmo com a estratégia de marketing "live", a boss forneceu um equipamento abundante em recursos, os quais podemos lançar mão e "dar um empurrãozinho" nas simulações de preamps. Os recursos são:
  1. EQ antifizz - Um capítulo do GT8 Brilliance (baixe na coluna de links à direita) oferece uma equalização legal para tirar os agudos indesejáveis. Eu adiciono cortes em graves e agudos (como descrito num post anterior, que você pode conferir aqui), para ter um som mais "redondo".
  2. Simulações de mics, amps e caixas custom - Há relatos de quem tire "leite de pedra" apenas com estes recursos.
  3. Resonators - Contidos no módulo Tone Modify, visam imitar a ressonância (e frequência) de falantes Electro-Voice (resonator1), Jensen (reso2) e Celestion (reso3). Na prática, eles oferecem mais "peso" no som. Atualmente tenho evitádo usá-los, para ter um som mais "natural" com o mínimo de módulos possível.
Vale lembrar que explorei alguns destes recursos nos vídeos que postei no youtube (há versões em português e inglês). Nesses vídeos é possível comparar timbres antes e depois da aplicação do recurso.

Enfim, depois deste longuíssimo post, só tenho a dizer que o som da GT em linha é campo fértil, pouco explorado. Diariamente "pipocam" alternativas, contudo, vc decide no final se o timbre com os recursos será satisfatório.

Abraço a todos!


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Testes de simulações de mics

Aproveitando o início das férias, estou "fuçando" em coisas que eu não havia dado tanta importância até então. No post anterir, comentei sobre simulação de caixas. Agora, falo sobre mics.

Confesso estar dividido. As simulações dyn57 e dyn421 me pareceram bem atraentes. Não curti as simulações de condensers, meio "fechadas" demais. A simulação flat não ofereceu grandes timbres tb.


Gravei dois "improvisos". Um com o preamp MSHiGAIN e o outro com o preamp RECTvint. Sempre inicio com o 57 e depois passo para o 421. Ouça os samples: MSHi e RECT.


Aos meus ouvidos, a simulação do shure sm57 tem um
corte de médios e um boost considerável nos "super-agudos", o que dá um "rastro" de agudos no som. Penso que para timbres limpos, crunchs e distorções rasgadonas é uma boa pedida.

Abaixo, a curva de frequência do sm57 (dá pra sacar o "rastro de agud
os" que falei, né):


Já o Sennheinser MD421tem um timbre com mais médios, mais "macio", mais "vintage". Sua curva de frequência é a seguinte:


Bem, como informei, me vejo confuso... Essa é a maravilha da modelagem digital. A um preço "relativamente" razoável, podemos acessar diferentes simulações de um conjunto de equipos dificilmente acessíveis à grande maioria de brasucas músicos. Penso em associar o 57 a sons mais "modernos", "na cara", e o 421 para timbres mais "vintages". Claro que tb o preamp deve ser levado em conta. Mas essa é outra história...


GT vs POD

É verdade que há meses veio "brigando" com a GT10 para tirar um som meio parecido com o POD. Não que eu morra de amores por ele, mas a cada gravação profisisonal que ouço, o timbre me parece mais semelhante ao POD. E olha que alguns sons de POD são meio "entubados", quase artificiais...

Mas penso que o site Musicradar estava correto em sua análise do POD X3, em que comenta que o timbre do equipamento, solo, seria menos empolgante, mas que adicionado em uma mixagem, seria fenomenal...

Só sei que para meus ouvidos os preamps da GT10 têm uma característica meio "live", aberta, sei lá. Nos últimos dias estive tentado tirar esta característica... tentando dar um sotaque mais "POD" nele... Mas foi em vão. E digo de fucei muito, simulações de caixa e microfone testei várias combinações, além da EQ antifizz mais meus cortes... putz, muito cansativo...

Daí, hoje pela manhã chutei o pau da barraca. Pensei: "vou tirar o melhor desta pedaleira por si só!". Bem, estes foram os passos:

1) preamps quase total em flat (drive em 60 e presence no 0).
2) Caixa Original (rodei, rodei e voltei nela...)
3) Mic dyn57 (aqui uma mudança. Após umas semanas usando o dyn421, que é a opção de "fábrica", acabei optando pelo timbre mais "rasgado" e com médios mais escavados do 57)
4) Eq Antifizz mais meus cortes. Ficou mais ou menos assim:
bass = flat;
bass-cut = 110hz;
lo-mid = 6.3 kHz, Q = 16, mid= -18 db;
hi-mid = 8.00 kHz, Q = 16, mid = -18 db;
high-cut = 3 kHz;
high = flat;
level = flat...

E estes foram os timbres que tirei:
1) JCM e RECT (ouça/baixe aqui). Alternei entre os dois preamps. Mais no final, ligo os dois simultaneamente em paralelo.
2)SLO e TWEED
(ouça/baixe aqui). Aqui usei a simulação de Soldano e, mais para o final a simulação do Tweed. Ambos foram "boostados" pela sim do tube screamer.
3) MARSHALL '59 e PEAVEY 5150
(ouça/baixe aqui). Por volta dos 22 segundos mudo a caixa da original para a 8x12, e logo volto para a original. Na segunda metade uso o 5150 que, mais à frente é adicionado a um phaser, um delay e o boost da sim do pedal blues drive da boss (BD-2)
4) Vox drive
(ouça/baixe aqui). Auto descritivo né...
5) Twin e JC120
(ouça/baixe aqui). Aqui testei os timbres limpos. Tanto no Fender como no Roland adicionei chorus, phaser e delay.

Bem, a luta continua... comentários (des)encorajadores serão bem vindos! rsrsrs....

domingo, 14 de dezembro de 2008

Dica 1: Som mais "orgânico" fácil na GT-10

Depois de vários experimentos, cheguei em uma regulagem extremamente simples e que proporcionou - aos meus ouvidos - timbres bem legais, "redondos" e mais "orgânicos" ao se ligar a GT10 em linha.

Na GT, assim, como em quase tudo na vida, menos é mais. Logo, montei uma regulagem supersimples. Passos a seguir:

1) Pressione master;
2) Vá até a opção noise supressor;
3) Deixe ligado apenas o NS1;
4) Vá até a opção FX Chain;
5) Posicione o NS1 após o eq (isso é importantíssimo, pois usaremos o EQ para melhorar o timbre, e não será adequado que o NS esteja entre o preamp e o EQ);
6) Acione o módulo EQ. Vá até a página 5 do EQ;
7) Com os Knobs 1 e 4, regule o corte de graves em 110hz e o de agudos em 3Khz.

Pronto! Agora vc pode adicionar quaisquer efeitos, mudar de preamps à vontade, sem som abelha (fizz) algum. Abaixo alguns samples que fiz (Todos com os canais em paralelo - R um amp; L outro amp):

Marshall '59 e Peavey 5150
Vox AC30 canais limpo e sujo
Marshall JCM e Mesa Boogie Dual Rectifier (canal vintage)
Fender Twin e Roland JC-
120

Grande abraço a todos!



Passo 2: Primeira audição

Logo que abri a embalagem, fiquei surpreso com a aparência resisente da GT. É como a boss fala, "contruída como um tanque". Aí liguei no meu pc em linha...

Timbres
Logo de cara experimentei o EZtone. Bem, legal, pelos vídeos da net já sabia mais ou menos como funcionava. No geral, achei o som com muito agudos, não muito musical.

Minhas pesquisas acerca da GT8 já demonstraram a necessidade de se "mexer" bastante para tirar um timbre legal... e lá fui eu tentar:

Cortes de frequências
Bem, se sobravam agudos, parecia óbvio, eu deveria cortá-los. Entretanto, ajustes nas EQ's dos preamps não pareciam ser eficientes. Por isso, passei a usar o módulo de Eq. fui cortando os agudos, e quanto mais o fazia, mais macio, porém, sem "vida".

Resonators
Quem acompanha as discussões no fórum X3LIVEvsGT10 sabe o quanto eu já comentei sobre eles. Bem, são 3 opções, e a galera tende a curtir mais a RESONATOR 3, que visa imitar a ressonância de um autofalante celestion. No GT8 brilliance (baixe aqui) há opções de regulages, mas minha predileta foi:

Resonance: 70
Bass: +5
Treble: +10
Level: 50

Com o passar do tempo, fui percebendo que, apesar de fornecer "corpo" ao timbre, havia sempre muito médio grave, o que me me fez reduzir, gradualmente, as eq e depois a resonance. No final, acabei não usando mais o tone modify, como será melhor descrito no próximo post.



Passo 1: Visão geral

Bem, você fez várias pesquisas, ficou com o coração balançado entre a GT e a POD, mas acabou comprando a pedaleira da boss. Imagino que já conheça ou tenha ouvido falar das "simulações superiores" do POD e, se não tem um bom amp para usar em 4 cabos, pensa: E agora?

Vamos por parte, primeiro o mais importante: Dados gerais.
A GT10 é, atualmente, a top da boss, sucessora da GT8. Fisicamente, a grande mudança aqui foi o layout. Há controvérsias em relação à cor "hitech" da GT10, à despeito do visual "dark" da 8. AS mudanças essenciais aqui foram a inclusão de mais um pedal CTL e o layout "clean". Todas as funções foram mantidas.

Novo layout
Gostei bastante. Ele dá uma sensação meio "stomp" a este grande multiefeito. Cada módulo que vc pressionar te permitirá visualizar os controles principais como se fosse um pedal. Legal!

Output select
Há meses vendi meu antigo amp, então, sempre uso a GT em linha (line/phones) e todas as experiências aqui postadas serão baseadas nesta configuração.

Dicas de regulagem de GT-10

Para quem adquiriu este excelente equipamento, mas ainda não dominou suas funcionalidades, montei este blog. Nele, discutirei dicas de regulagens e experiências diárias de timbragem.